Para ti, amado viajante:
Um abismo etéreo nos separa, não temas passar anos imerso em tuas aventuras.
Aqui estarei eu, tua Itaca, esperando, suspirando teu retorno aos meus
braços. Volta quando quiseres, mas, se me encontras desolada e ocupada, não me
julgues, minha vigília por ti continua intacta.
Eu sei e tu sabes que aquí estarei para quando quiseres descansar do teu
velejar incessante, quando quiseres repousar, fechar os olhos e voltar ao
começo. Voltar a levantar a ancora. Quando quiseres suspirar, morrer e
renascer.
Sê livre. Sou feliz amando-te e sabendo que és livre, mas não te enganes,
estás preso entre minhas linhas, nos meus versos. Teu nome pertence aos meus
lábios que pronuciam em sonhos, teu aroma pertence ao meu corpo pois com ele
acordo cada madrugada. Eu fecho meus olhos e encontro os teus, por acaso te
acontece o mesmo? Por acaso essa angústia do teu peito por não me ter, acalma
qualquer ninfa ou sereia do caminho?
Tu sabes que eu não sou teu destino, sabes que sou teu caminho. Sabes que,
em mim, encontras a paz que satisfaz tua sede constante. Nos meus braços está teu
abrigo, entre minhas pernas percebes o sentido da vida.
Dizer “te amo” é pouco.
Vá e depois volta para mim.
Vá... e volta sempre que quiseres.
No hay comentarios.:
Publicar un comentario